quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O mais estreito dos caminhos

É a busca pelo prazer, é o desejo de liberdade, é a vontade de reciprocidade.
É o mais profundo dos silêncios, o mais calmo dos sorrisos, o mais puro dos olhares.
É a mais longa das preguiças, a mais arriscada das aventuras, a mais completa paz.
O maior dos universos e o mais confuso do que é vivo
Viver.
É mais que qualquer arrepio
Mais que qualquer sensação, a mais intensa das solidões
A mais eufórica das euforias!

Viver ultrapassa qualquer compreensão.
É o mais complexo dos enigmas.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Cotidiano


Todo dia eles fazem tudo sempre igual
Se sacodem às seis horas da manhã
Nos sorriem um sorriso pontual
E nos beijam com a boca de hortelã

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O escuro da noite nunca clareia


Não sei se é um desabafo
Tampouco encaro como dividir
As idéias hoje voam tão únicas,
Tão elas, sozinhas, perdidas
Que não se arriscam a sair.

Mistura do mistério da noite, da solidão da madrugada
Do sorriso que nasce e morre sem ligar pro que os olhos dizem.
Na verdade o sorriso não se importa. Pouco liga pro que o corpo quer dizer
Pro que as expressões teimam em mostrar.

O escuro da noite nunca clareia
E a luz da lua é pouca quanto ao infinito de noite que não termina.
O escuro da noite nunca clareia.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Quem entende?

O peito palpita forte e os olhos só encontram uma direção. O organismo não funciona direito, um furacão faz da barriga sua moradia, um sorriso largo é tatuado no rosto, teima em se desfazer com medo de perder o efeito. Confesso que os olhos tem mais brilho que o sol, e esse céu azul que se instala dentro deles.. ninguém descreve. Bestialização? Mais que bestialização, se define como efeito colateral do amor. Ou bestialização, sinônimo pra tal estado...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Fast-food

Riso plastificado não é feliz
Cabelo pronto não voa com vento
Discurso ensaiado não gera emoção
E resfriado não se pega ao relento

Novela não é vida real
Nome conhecido não garante conforto
Jornal da internet não vai pro cachorro
E sapato apertado deixa o dedo torto

Café de máquina não deixa cheiro
Suco de saquinho não tem sabor
Pintar a casa faz sujeira
E sujeira com arte é cor








Seres humanos?

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Ferreira Gullar

Como dois e dois são quatro sei que a vida vale a pena, embora o pão seja caro e a liberdade pequena.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Desabafo

Parecemos tão sufocados com tantos meios de se expressar, que por vezes não sabemos o que dizer. Tão sufocados com tanta busca pelo prazer, que na maioria das vezes não lembramos sequer daquilo que realmente nos satisfaz. O prazer estampado no jornal, nos outdoors da rua por onde passo, o prazer que ninguém vê a não ser nas novelas de televisão. Por vezes parecemos tão sufocados.. tão livres para sair por aí e ao mesmo tempo tão presos às idéias que a novela das oito nos passa. Digo "nos", e não apenas "me". "Nos" porque por mais que tenha a sensação de estar a parte, excluída na maioria das vezes nos meus próprios pensamentos, estou cercada de gente. Mas puxa, quanta gente há em volta de mim e quantas dessas pessoas eu ignoro simplesmente por preferir me manter em silêncio durante uma viagem de ônibus. Quantos olhares será que já desperdicei por aí? Sei que foram muitos. Quanta palavra interessante, sorriso agradecido, foram jogados fora e nem sequer aproveitados pelo meu individualismo infantil. Percebo que já não me contento com o prazer que vem de fora. Admiro o universo que existe em cada alma que vive, e ultimamente tenho prestado mais atenção à elas. São muito mais interessantes que o prazer estampado na revista...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Fuga

Caminho como um pássaro livre. Minha mente voa com a tranquilidade de um riacho escondido. Por aqui fico, sem pressa de ir embora..

domingo, 19 de setembro de 2010

Catavento

Longe estou
tão distante de um olhar
de um abrigo, de um lugar,
dos abraços de alguém

Vela solta
sigo nesse vento pelo mar,
de novo eu solto o pensamento em seu olhar,
que me espera eu sei,
nos seus braços sou deus, sou rei
e o meu barco é flor
da estrada do mar,
feito em pranto e desamor

Vou seguindo

Longe um catavento
me acenou
brincando no cantar do vento
me contou
que cedo é de chegar
numa praia enfeitada além
pelo olhar que chorou
que na areia ficou
tanto tempo a me esperar

Vai meu barco

Vento forte
me leva por esse mar
hoje a sorte me fez voltar
nos seus braços vou
me entregar
e me aportar, vou..

Maysa

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Rapte-me Camaleoa..

Adapte-me a uma cama boa
Capte-me uma mensagem à toa
De um quasar pulsando lôa
Interestelar canoa

Fino menino me inclino
Pro lado do sim..

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Quiero, no puedo.

Quiero cierrar los ojos y ver las cosas como siempre fueran
Quiero la calma de los días pasados
Quiero, quiero decir, pero tengo que callar.
Quiero, pero no puedo.

Sólo quiero la paz.
Sólo busco a los míos, a la mía, a mi.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Hoje conjugado no Futuro

Agora entao eu daria vida a algum pensamento perdido, ou defenderia algum ponto de vista, pensando e refletindo. Mas tudo isso exije tempo e concentraçao, e hoje eu quero brincar. Hoje estou aqui para experimentar palavras soltas, pra fechar os olhos e deixar vir o que minha imaginaçao decidir. Hoje estou para palavras curtas e fáceis. Hoje vou me jogar na grama e experimentar o toque gelado da terra na pele. Hoje vou sentir o calor esquentar o corpo, deixar a natureza dar beleza aos olhos. Hoje vou mesmo fechar os olhos. Olhar pra mim, me enxergar, tentar encontrar algum outro enigma na imensidao da alma. Hoje não vou pensar. Vou deixar a mente descansar e o corpo apenas vai sentir..
Amanha, amanha será outro dia. Hoje vou viver o que tenho. O que alcanço. O que vejo.
Hoje é o presente. Um presente no qual conjugo todos os verbos no futuro. Talvez seja essa a causa da ansiosa vontade de futuro. Mas hoje, só hoje, vou tentar pensar apenas no dia de hoje...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Libertação

Nao vivo sem cores.
Nao vivo sem música...
A vida não teria vida sem cor e sem música.
Seria um triste preto e branco silencioso, talvez menos. Preto e branco são cores. Não sei o que seria.
Mas o silêncio é a pausa da música, logo, sem cor e sem música nada teria sentido.
Não vivo sem flerte.
Não vivo sem sorrir.
Não vivo sem minha imaginação...
A imaginação revela o que realmente somos. Nossa imaginação nada mais é que nós pelo avesso, sem paradigmas, sem regras, sem formas. O que realmente somos. Quem faz do avesso lado de fora é taxado de louco. Pior que o esteriótipo é ser preso às instituições controladoras. Vai pro hospício. Preferia mesmo ser taxado mil vezes de louco, mais de mil se fosse! O receberia com indiferença. Mas não limite minha liberdade. Julgue, mas não me impeça. Sou as palavras que digo, os passos que dou, os lugares onde vou. Não me impeça.
Não me limite.
Não vivo sem espaço.
Não vivo sem fantasia.
Não vivo se não tiver vontade...
Farei de tudo quanto minha mente sãmente insana me permitir.
Não me permita. Eu me coordeno e me faço. E, de preferência, com muito tesão em fazer.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Partir


Partiu. Partiu e deixou para trás todo o seu passado de insegurança e incerteza. Partiu sem saber quando voltaria a ver aqueles olhos tristes, molhados pelas lágrimas sentidas da saudade. Sem saber quando voltaria a sentir aqueles braços finos passando por entre seu pescoço, em um abraço que, sem perceber, em si se despedia. Em segredo imaginava seu retorno. Em segredo aqueles olhos tristes imaginavam o que viria depois da correnteza, que águas calmas viriam a habitar sua mente depois de tanta tempestade...Seria melhor que não viessem. Temia a calmaria. Já quase se acostumara às incertezas e tormentas que a vida lhe havia reservado até então.
Já era tarde. Decidiu entrar, o brilho da noite já não lhe agradava como antes. Tinha tantas lembranças a brincar pela mente que decidiu entrar. Entrar e esquecer.
Viu as roupas no varal, o pó que corria pelo chão, e suspirou. As tarefas da casa pareciam agora intermináveis e inúteis. Sentiu-se inútil. A criança que chorava lhe despertou dos pensamentos e por um momento sentiu a esperança a pulsar no peito. Sentiu o peito apertar quando o choro tornou-se mais forte, e então teve a certeza da razão de estar ali.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Algum barulho que seja, por favor!

Ah, e se eu pudesse ouvir. Te ouvir. Nos ouvir. Não só a palpitação rápida dos corações inquietos, mas o silêncio mais profundo, capaz de separar dois corpos. Se eu pudesse ouvir o barulho que esse silêncio me provoca, seria capaz de distingui-lo entre os outros sons, logo acabar com ele. Esta ausência de palavras me desarma por inteiro, acaba com toda a esperança de defesa da minha parte. Volúvel e sensível, me aquieto. Melhor seria mesmo esperar até que algum som quebre este silêncio por inteiro, quebrando também o que me prende a esta aflição. Rompendo a barreira que separa dois corpos, duas vozes, dois silêncios.

Estar vivo, sentir-se vivo.

Viver, viver livremente, intensamente, sem nenhum medidor de loucura. Sem ninguém que diga ser normal. Às vezes receio a expansividade. Mas só faz bem. Não nasci pra ser caixa e guardar coisas lá dentro. Nasci pra ser janela aberta, e deixar entrar e sair quem bem entender, sempre de frente pro sol. Provei que o sorriso é o melhor remédio. A melhor terapia, a melhor saída, a mais sincera desculpa. Nasci pra gargalhar e deixar os dentes todos à mostra. Nasci pra sorrir e fechar bem os olhinhos quando o fizer.. E deixar marcas de expressão no rosto, sim! É a assinatura da felicidade. É a marca dela. Mas só aquelas marquinhas que provam que você sorriu, chorou, viveu. As da preocupação melhor nem pensar em ter. Nasci pra cantar e dançar. Mexer o corpo todo, soltar a voz nem que seja debaixo do chuveiro. Nasci pra usar bem os 5 sentidos... Ver, ouvir, tocar, cheirar, sentir. Nessa mistura louca de sensações que é a sensação de estar vivo. Todo ser vivo nasceu pra viver. Todo ser humano tem o direito de se sentir vivo.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Vontades


Sinto vontade de escrever. Uma vontade agitada, desgovernada, de palavras tímidas que insistem em parecerem ansiosas. Sinto vontade de gritar o mundo. Sinto vontade de abraçá-lo e soltar uma gargalhada bem grande, daquelas que o mundo inteiro mesmo pode ouvir. Sinto vontade de olhar para o universo, mas não de ver o seu fim. O final nunca tem graça. O que me alegra mesmo é o caminho. Seja ele extenso, curto, complexo, fácil, colorido. Pode ser até preto e branco, mas desde que não deixe de ser um caminho...
Sinto vontade de correr, mas correr tão rápido que não sinta mais o pé tocar o chão. Sinta só o vento no cabelo.. No cabelo, no corpo, no corpo inteiro! E, depois de correr, sentiria vontade de entrar no mar. Brincar com as ondas e me juntar a elas. Afundar o pé na areia até que a onda venha e o descubra novamente. Sinto vontade de chorar, daquele choro alegre que molha os dentes da boca mostrados em um sorriso. Daquele choro feito de lágrimas que se misturariam ao mar...Ah, mas aí eu soltaria outra gargalhada. E o mundo inteiro ouviria novamente, porque eu ainda estaria abraçada a ele. E, olhando pra cima, eu me veria mais perto das estrelas, e até colheria uma delas e me desculparia pelas minhas gargalhadas. Barulhentas, grandes e demoradas...
Sinto vontade mesmo é de viver. Viver e gritar pra esse mundo que eu sei o que é felicidade!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Uma poesia que voa sem compromisso, palavras de carinho ditas sem precisar de motivo. Flores vibrando suas cores, as cores do mundo se fazendo notar. Um corpo dançando livre sem ritmo, sem motivo, sem compromisso. Talvez seja uma borboleta que cansou de voar e quis pousar na barriga. Quis voar de tão longe, e ainda me acompanha por aqui.. tão longe. É impossível sem perder a razão. Você deixou saudade.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Triste cinzento

As cores me aparecem como um labirinto, não há saída, não há caminho. Me perco entre luzes de faróis intensos e por um instante não sei para onde olhar. Os faróis piscam, parecem estar cada vez mais fortes... Se intensificam na medida do bater do meu coração. Rápido, confuso, torto. Forte. Já não posso me mover. Fecho os olhos buscando na escuridão que me toma uma luz que seja para encontrar o caminho. Busco a saída, onde estará? Nos momentos mais difíceis a esperança é posta de lado. Priorizo o medo e me encontro perdida entre emoções fortes e violentas. Onde estará aquela velha fé, companheira de caminhada, que quando precisei jurou nunca me abandonar? Eu a coloquei de lado. Juntei-a à esperança perdida e larguei-as como um peso que tiro das costas. E agora não me sinto leve. Não tenho fé. Não tenho esperança. Tenho a tristeza. A tristeza pesa. É o fardo mais pesado que se consegue carregar. Não consigo. Caio. E por lá fico se não voltar e buscar a velha fé, a boa e companheira esperança, velhas mãos que se estendem quando não há mais ninguém que assim possa fazer.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Vendas à venda

Ela passou e parou. Viu que alguma coisa ali não estava certa. Ao ver o mundo de cima, percebeu que o homem precisava era de liberdade. Precisava de verdade. Ela caminhou por entre países inteiros, visitou lugares que desconhecia. E ao retornar, teve certeza. A humanidade a qual visitava vivia de venda nos olhos. Os caminhos que percorriam estavam todos já determinados pelos homens sem venda. Pelos que enxergavam. Crianças, homens, mulheres... ao nascerem lhes era vetado o poder de ver. Ela então teve uma idéia. Sozinha não era capaz de consertar aquele mundo que julgava errado, sozinha não. Ela precisava do apoio dos que não viam, mas como, se estes mal conseguiam ver a si mesmos? Decidiu. Se pelo menos um tivesse a oportunidade de clarear seu caminho, o primeiro passo já estaria dado. A mudança já teria começado, e, mesmo que demorasse, ela um dia veria todos os homens daquela humanidade a andarem sem venda, livres, e de cabeça erguida.
Como de costume, busco nas palavras o alento para emoções desgovernadas, sensações incompreendidas, pensamentos borbulhando de vontade de existir não só apenas dentro da cabeça. Quero o mundo, quero a liberdade, quero a vida. Quero poder olhar em volta com o pensamento livre e o coração pulsando forte no ritmo da verdade. Com os pés no chão vou sentir o pulsar do mundo, o mesmo pulsar que me toma quando estou livre, de vento no cabelo e felicidade no olhar.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Outros sonhos


Nessa brincadeira da vida, meu passo é leve. Nessa brincadeira já não existe medo, e a esperança toma conta de todos nós. E eu era um louco a perguntar, o que é que a vida vai fazer de mim?
Nessa brincadeira eu levitava a cada canção tocada ao som de uma flauta. Eu dançava, e brincava um pouco de ser feliz. Na brincadeira da vida as flores e somente elas eram o pano de fundo, colorido e intenso. O barulho das águas calmas era purificador, e e eu fechava os olhos feliz por preencher a alma de paz. Até transbordar.
A voz do meu povo a cantar acalmava mente e corpo. Nessa brincadeira eles faziam barulho e eu rodava, rodava, rodava, e não me cansava de girar e ver o mundo passar por mim. Ah, essa brincadeira! "Eu queria ser um tipo de compositor capaz de cantar nosso amor modesto. Um tipo de amor que é de mendigar cafuné, que é pobre e às vezes nem é, honesto."

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Estou Cansado

Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.

Álvaro de Campos

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Como alcançar o sucesso?

Mais uma consequência da sociedade individualista em que vivemos, os livros de auto-ajuda estão nos primeiros lugares dos livros mais lidos pelos brasileiros. Como alcançar o tão chamado sucesso, como alcançar a felicidade, verdadeiros manuais da vida. Seguimos o roteiro e assim podemos vivê-la. Não será muita comodidade?
O sucesso e a prosperidade estão relacionadas sempre ao acúmulo de capital, no incentivo à realização pessoal, e cada vez mais esta busca torna-se frequente. O conflito, os sentimentos, a vida em si, é acalmada e direcionada. De acordo com essa visão, o leitor ou participante recebe o equivalente a um placebo enquanto o escritor e o editor recebem os lucros.
Outra crítica feita é a respeito desta passividade. A vida é um conjunto de problemas e não há manual que os resolva, mas sim os que confortam. E é aí que está a questão. Assim como aqueles que buscam amparo e consolo na religião, os livros de auto-ajuda estão lá, e simplificam muitas questões difícies, questões que cabem apenas ao próprio indivíduo buscar e resolver através da vivência. Os livros encorajam as pessoas a focarem no desenvolvimento pessoal, em vez de se unirem a movimentos sociais para resolverem seus problemas.
Há, por outro lado, as contra-argumentações. Há visões que digam que alguns leitores buscam "respostas fáceis", mas isso não significa que as respostas nos livros são de fácil aplicação. Um livro pode sugerir um método de agir (fácil ou não), mas apenas o leitor pode levá-lo adiante, e muitos leitores tem mais vontade de fazê-lo que outros. Os que fazem o esforço geralmente tem mais melhorias em suas vidas.
Melhorias ou não, não podemos deixar de assumir a influência exercida por esses livros, e a violência ideológica presente nestes. Enquanto a busca por comodidade e a auto-realização for maior que o desejo pelo bem comum, estes livros de auto-ajuda estarão nas prateleiras, e, como agora, no ranking dos mais lidos e vendidos.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Caminho de Fulô

Peguei flores no caminho
Pra dar a você
Fulorzinha tá no caminho
E vai levar você
Cravo, rosa miudinha
Planto pra cheirar
Deixo as flores no caminho
Pra poder voltar
Água, espinhos, o tempo todo que tenho
Espero não ter mais lugar pra água nos meus olhos

Comadre Fulozinha

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Nostalgia

To de saudade dos tempos calmos. Tempos em que dormir era por puro prazer, não por necessidade. Tempos em que as tardes encaloradas eram tão bem aproveitadas ao som de um violão e risos amigos. Agora as tardes nada mais são que cubículos de concreto abafados.. livros e mais livros(com temas sobre os quais não gosto, detalhe!).
É ruim pensar assim, mas somos tão direcionados em todas as nossas ações. Não há liberdade sequer para escolher a possível direção da sua vida em breve, ou é ou não é.. se pudesse deitava numa rede e lá ficava até cansar do ócio. Até me sentir livre o bastante, em paz o bastante pra seguir em frente..
Ah, essas tensões acabam comigo. Quero logo alcançar minha "meta apaixonante", segundo ouvi hoje. "Quando se tem uma meta apaixonante o que era obstáculo passa a ser etapa." Comecei a ver sim o vestibular de uma outra forma, como uma etapa pra conseguir chegar aonde quero, mas de jeito nenhum concordo com esse sistema de avaliação excludente. Aliás não concordo em quase nada com nosso sistema educacional. Blé, mais um fator pra eu querer logo sair da opressão RUMO. Conversando hoje sobre o Colégio RUMO, percebi várias coisas sobre lá que não tinha percebido. O Colégio surgiu com a idéia de ser um colégio-cursinho, tanto que quase todos os professores de lá são também professores dos principais cursinhos de São Paulo. Além disso vários com uma visão super crítica e um ensino realmente bom..
Mas a direção foi mudando e quem era bom foi saindo, aos poucos, pelas mãos dos "educadores" tradicionais das escolas de São Paulo. A parte pedagógica acabou se transformando em um monte de regras desnecessárias, e o que era importante deixou de ser. Exigências que só prejudicam o bom andamento das aulas, umas das coisas que tem me prejudicado é essa pressão, opressão, sufocamento, blé.
Blé, blé e blé. É assim que to me sentindo.


segunda-feira, 26 de abril de 2010

Viajante

O caminho até aqui não foi nada tortuoso. Umas leves pedras no caminho que facilmente são levadas pelo vento. Alguns seres vivos cruzam a estrada, mas logo ficam para trás. Imagens ruins às vezes atordoam a mente, de paisagens não muito agradáveis vistas ao seguir viagem. E as belas? Estas sim são de agradar os sentidos do mais cego viajante. Aguçam corpo, alma e coração. Ah, belas paisagens.. com os pés na terra úmida sinto o pulsar da natureza. Vibrante. Colorida. Diversa. Descanso sobre uma pedra fria e ali fico até que meus pensamentos viagem mais que o corpo que agora descansa sobre a pedra.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Estréia Baque Sinhá


E o Baque Sinhá estreou! Estreou com toda a energia, beleza, e cores possíveis. Atraindo olhares, sorrisos, estrangeiros, brasileiros, homens, mulheres e crianças vibrando com as cores das saias de chita. Antes de começar, o frio na barriga, os abraços, as palavras. Durante, ainda aquela insegurança de quem aparece pela primeira vez aos olhos do mundo, e no final, quanta alegria! Todos esses sorrisos e olhares estampando a felicidade que havia ali, a estréia maravilhosa e vibrante que tivemos. Emoção. Emoção e beleza seriam as palavras com que eu descreveria esse sábado de estréia.. E é isso aí meninas, nós estamos aqui e viemos pra ficar. Força mulherada, porque daqui em diante, ninguém segura essas batuqueiras!

domingo, 11 de abril de 2010

Sorriso largo no rosto!

É uma felicidade tão grande, de braços enormes, com uma vontade de abraçar o mundo e sair sorrindo com o peito emocionado. É uma felicidade que descreve confiança, é conforto, alegria e paz! Sei que ao te dar a mão ganharemos o mundo, sei que com um sorriso largo no rosto seguiremos nosso caminho traçado à luz da lua, sei que ao caminhar a primavera se fará constante. E o nosso caminho, é nosso, é verdadeiro, é abençoado! A palavra e o pensamento têm uma força enorme, e é essa nossa força que nos mantém vivos. Nos mantém assim unidos, confortando cada vez que um abaixar a cabeça e não quiser mais levantar. Só tenho a agradecer cada segundo de alegria e aprendizado. É uma felicidade enorme saber que tenho você ao meu lado, que tenho você no coração, no pensamento e na palavra. Há um caminho enorme pela frente, enorme e feliz. Àqueles que sempre, faça chuva, faça sol, faça o tempo que fizer, transformam tudo em primavera. Me transformam, os transformo.

terça-feira, 6 de abril de 2010

E agora deixe-me voltar.

Escrevo pra comunicar que a roda gigante parou de girar. Parece que ficou por ali, em uma altura difícil de descrever assim, simplesmente. Encontrou seu lugar e parece não mais sentir movimento circular. Parece estar tão distante dali que exibe um olhar sereno, esclarecido e despreocupado com as contradições da vida. Já não mais confuso. Escrevo pra comunicar que a roda gigante parece estar em paz com ela mesma, ela gira mas gira feliz, ao seu ritmo, ao seu tempo, às suas maneiras..

domingo, 4 de abril de 2010

Samba de verão

É como o verão, quente o coração, salta de repente para ver a menina que vem..
Ela vem, sempre tem, esse mar no olhar, e vai ver, tem que ser, nunca tem quem amar.
Hoje sim, diz que sim, já cansei de esperar! Nem parei, nem dormi, só pensando em me dar.. Digo então, falo só, digo ao céu, mas você vem.


quarta-feira, 17 de março de 2010

(Em Branco)


A página em branco. Minhas idéias, em branco. As palavras, em branco, minha mente, em branco. Um rascunho em branco das mais claras e brancas idéias. O que será que se esconde atrás da nuvem branca, que entre risos e charmes demonstra tanta serenidade? Movimento. Percebo que o mundo que gira a minha volta nunca esteve parado, movimento constante. Tudo a me observar, sereno, esperando a hora chegar. A hora em que eu olharia ao redor e percebesse quem esteve parado. Quem, por inércia, sempre esperou que o mundo girasse, que as coisas acontecessem, quem sempre se conformou em ser um mero observador. Esse quem sou eu. Um quem de dúvidas, de insegurança e de indecisão. Um quem de não-quem, um quem de quase-quem, um quem em formação. Construção. Crescimento.

domingo, 7 de março de 2010

Tempo

Percebo que ainda há tanto o que se fazer! Há tanto o que trilhar, tantos caminhos a percorrer. Diante de tamanha grandeza, sou mesmo um grãozinho de areia no mar. Caindo, caindo, caindo, aprendendo. Aprendendo e aprendendo. Valorizo o que já foi, valorizo o agora e o que está por vir, o que não foi, o que poderia ter sido, pra quê se arrepender? Cada fato algo me adicionou. Sigo a linha do destino como um pássaro que voa livre no céu, sem direção, sem sentido, sem pressa.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Ao redor

Sorri quando o que havia em mim era tristeza. Chorei quando a alegria transbordava, chorei quando esta era a única coisa que me restava. Sorri de felicidade, sorri pra estampar alegria, pra mascarar a tristeza. Se chorei ou se sorri, se vivi, se morri, se enlouqueci, se de tudo um pouco fiz, não me arrependo. Mas se olho ao redor vejo aflição nos olhares, vejo tristeza, melancolia. Não quero que se aflijam com as exigências dessa vida. Provas sempre vamos ter que passar por alguma, não será a primeira nem tampouco a última. Será mais uma transição, mais uma fase a ser vivida. E que venham provas, fases, aflições! E o que tiver que ser, será. De preferência com sorriso no rosto e muita, muita confiança no peito!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Vá ganhar dinheiro

Acho até engraçado a contradição que vejo todas as vezes que digo que curso pretendo fazer na faculdade. Esses dias fui almoçar em um restaurante próximo ao colégio. A dona é uma simpática mulher de uns 30 anos, bonita, dona do restaurante que, apesar da boa comida, não fez lá muito sucesso. Na hora de pagar a conta ela nos perguntou o que pretendíamos prestar no vestibular no final do ano. Cada um falou o seu e eu disse que estava decidindo entre Letras ou Pedagogia. Ela, num ar de espanto, e séria, disse: -"Pedagogia? Letras? O que você vai fazer com isso menina? Vá fazer Direito e ganhar dinheiro, isso sim!" Não é a primeira vez que dizem isso, mas uma coisa todos estão fartos de dizer "O Brasil precisa é de educação." Concordo! Dizem isso e me mandam ganhar dinheiro? Fazer outra coisa? Quem sabe quando a imagem do professor for valorizada, e a educação no Brasil for realmente satisfatória e não-elitizada, as pessoas terão um pouco mais de consciência do verdadeiro papel do professor.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Paz

Hoje o dia nasceu mais brilhante, o sol brilhou mais forte, o sorriso fez-se maior. Hoje as flores brilharam suas cores, a natureza cantou de alegria e a folha esverdeou seu mais vivo tom! Hoje as nuvens deram espaço ao sol, o sol desfilou seu calor sem temores. Hoje, eu estava em paz, e tudo à minha volta fez-se mais belo.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Contato Imediato

No seu disco voador, como um enorme carrossel, atravessando o azul do céu até pousar no meu quintal. Se o pensamento duvidar todos os meus poros vão dizer, estou pronto para embarcar sem me preocupar e sem temer. Vem me levar
para um lugar longe daqui, livre para navegar no espaço sideral.
Porque sei que sou semelhante de você, diferente de você, passageiro de você, à espera de você, no seu balão de são joão que caia bem na minha mão ou numa pipa de papel. Me leve para além do céu se o coração disparar, quando eu levantar os pés do chão a imensidão vai me abraçar e acalmar a minha pulsação. Longe de mim, solto no ar, dentro do amor livre para navegar indo para onde for o seu disco voador.
(Arnaldo Antunes, Marisa Monte, Carlinhos Brown)

Saudade

Cai a noite.
E junto com ela caem as culpas,
Cai a saudade, sobem as lembranças.
Mas a saudade fortalece!
A saudade confirma a pureza do passado,
a beleza.
A beleza da juventude,
A pureza da criança que com brilho nos olhos
não chorava, não gritava, não sofria.
Só sorria.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Identidade

Não importa o que faço.
Não importa quem sou.
Da onde vim,
Pra onde vou?

Importa que existo.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Um leve ar de desejo!

Todo mundo é um ser um tanto quanto complicado. Com suas nóias, neuras, chiliques, problemas. Mas o que todo mundo quer é ser amado. É cultivar sorrisos e sentir o calor de um abraço, é abraçar o mundo e sentir o universo inteiro aqui, dentro da gente. É isso o que eu realmente quero. Desejo um dia, porém, encontrar um olhar que seja talvez o reflexo do meu. Um olhar que por simplesmente sê-lo se torne indispensável. O que eu queria mesmo era um amor pra recordar.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Deixe-me ir

Tudo à minha volta gira. Gira rápido, aqui tudo acontece rapidamente. Talvez seja uma roda-gigante, e meus sonhos e idéias são jogados para longe sempre que a roda gira. A cada volta completa me sinto mais e mais distante. Busco meus sonhos, busco idéias, busco aos meus, onde estarão estes? Talvez não percebam minha distância silenciosa. Talvez percebam ao ponto de me acordar, de me mostrar o caminho e conduzir-me à saída. No fundo não busco ajuda, no fundo me busco. A saída é me encontrar. E se alguém por mim perguntar diga que eu, só vou voltar, quando eu me encontrar. Depois que eu me encontrar.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Noite de 25 de Janeiro: Teatro dos Vampiros

Sempre precisei de um pouco de atenção, acho que não sei quem sou, só sei do que não gosto. E nesses dias tão estranhos, fica a poeira se escondendo pelos cantos... Esse é o nosso mundo, o que é demais nunca é o bastante, e a primeira vez é sempre a última chance.. Ninguém vê onde chegamos, os assassinos estão livres.. Nós não estamos! Vamos lá, tudo bem, eu só quero me divertir. Esquecer essa noite, ter um lugar legal pra ir. Já entregamos o alvo e a artilharia, comparamos nossas vidas e esperamos que um dia nossas vidas possam se encontrar. Quando me vi tendo de viver comigo apenas e com o mundo, você me veio como um sonho bom. Eu me assustei, não sou perfeito! Eu não esqueço a riqueza que nós temos, ninguém consegue perceber. E de pensar nisso tudo, eu, homem feito, tive medo e não consegui dormir. Já entregamos o alvo, e a artilharia, comparamos nossa vidas, e mesmo assim, não tenho pena de ninguém..

Renato Russo

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

À mais bela flor.

"Confesso. És bela como a mais bela perfeição da natureza. Teus movimentos são uma melodia em perfeita sintonia, teus traços são puros e claros, me encantas ó flor querida! Tua presença me traz paz. Teu olhar transmite esperança, e ah, o seu sorriso.. O seu sorriso é fonte de luz. Confesso. Me rendo a ti, e a ti me entrego."

Por uma bela e grande amiga.

Soraya e a praia,
pura e simplesmente praia.
Bela e cognitiva,
Sigilo da pirâmide maia..

Repleta de sonhadores
Enchente de luz
Dançante que ensaia
És tu, sóbria e naturalmente
Minha cara Soraya!

Tatiana Prudêncio

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Auto-encontro.


Pela beira da praia ela caminha, as ondas do mar lhe tocam os pés, no mesmo ritmo que um som imaginário, e ela dança. Dança sobre as ondas, procurando paz. Procurando encontrar-se, quer no fundo juntar-se à imensidão do mar. O que ela quer é sentir que a brisa do vento a faz voar, quer sentir o chão e seus pés a tocá-lo sem destino, sem caminho nem direção. Renovando alma e espírito ela sente-se parte da paisagem que a rodeia. Ao fechar os olhos a escuridão não faz parte de sua visão. Tomada por uma sensação intensa de felicidade, ela percebe que encontrou a paz. Encontrou a paz e encontrou a si.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Aquarela

Sorridente como quem só deseja brincar, o futuro está. Imprescindível, indecifrável, constante enigma a me provocar. Estará talvez a me iludir, mostrando caminhos pelos quais não posso ir? Constante enigma, dê uma pista sobre esta curiosa estrada que me guia, que me leva. Enquanto isso sigo junto a ti a brincar, a imaginar como você será, no futuro.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Um Paraíso chamado Ilha de Superagüi


Acabo de acordar e infelizmente pela janela vejo prédios, carros, e uma construção gigantesca que cobre a vista da avenida. Logo me lembro daquela areia macia e aquelas verdes águas, a primeira paisagem vista ao acordar na Ilha do Superagui, localizada no litoral norte do estado do Paraná. Toda a rusticidade acompanhada de um clima familiar, o calor do sol a aquecer o corpo e a alma e aquela felicidade transbordando. Impossível descrever tamanha beleza, calma, todas as sensações provocadas por aquele lugar. Foram 15 dias renovando espírito e matéria. Banhos de água fria, comida caseira e gostosa, conversas, dança típica, amigos, risadas. O típico fandango é a dança da Ilha, tocado em um bar no centro da vila. Os frequentadores são na maioria turistas, que dançam, bebem, e acabam a noite na praia com um banho gelado após doses de Cataia. A famosa Cataia! Preparada a base de uma erva medicinal com o mesmo nome, curtida em cachaça. Um real a dose e rápido efeito, marcando os turistas que experimentam a famosa bebida. É nesse clima de festa, de calma, de descanso, que os dias passam rápido mas muito bem aproveitados. Três aniversários marcaram nossa visita à Ilha. Minha irmã e meu pai no dia 29 de Dezembro, com direito a festa surpresa seguido de luau com violão e velas à beira da praia. A deliciosa festa dos 15 anos da minha irmã e dos 50 do meu pai começou com uma surpresa ao chegar minha mãe e Lucas, sobrinho do dono da pousada, em uma carroça. Os aniversariantes foram coroados com colares de flores e levados ao salão decorado com balões coloridos, valsa ao som de "I just call to say I love you" que arrancou gargalhadas ao começar a valsa dos casais. Muita música e muita comida, a festa acabou em luau em uma noite de lua cheia, caminho de velas, e violão animado ao pé da fogueira. A próxima aniversariante com direito a bolo surpresa foi minha outra irmã, Sabrina, completando 22 anos no dia 4 de Janeiro. Foi uma surpresa totalmente inesperada, tornando mais gostosa ainda a comemoração. Os dias seguiram assim, sempre acompanhados de novos amigos, pessoas muito especiais que acabam mesmo formando uma grande família. Acabamos estendendo o período e ficamos até dia 09 de Janeiro. A despedida foi marcada de muitos abraços prometendo a volta, lágrimas de agradecimento, troca de contatos e enfim a cena que ficou na memória, daquela grande família reunida acenando adeus e nós dentro do barco, nos perdendo na imensidão do grande mar e retornando então à conturbada São Paulo. Espero ansiosa pela volta ao paraíso, mas enquanto isso não acontece que venha 2010 e nossa cansada e alegre rotina na capital paulista.