segunda-feira, 21 de junho de 2010

Triste cinzento

As cores me aparecem como um labirinto, não há saída, não há caminho. Me perco entre luzes de faróis intensos e por um instante não sei para onde olhar. Os faróis piscam, parecem estar cada vez mais fortes... Se intensificam na medida do bater do meu coração. Rápido, confuso, torto. Forte. Já não posso me mover. Fecho os olhos buscando na escuridão que me toma uma luz que seja para encontrar o caminho. Busco a saída, onde estará? Nos momentos mais difíceis a esperança é posta de lado. Priorizo o medo e me encontro perdida entre emoções fortes e violentas. Onde estará aquela velha fé, companheira de caminhada, que quando precisei jurou nunca me abandonar? Eu a coloquei de lado. Juntei-a à esperança perdida e larguei-as como um peso que tiro das costas. E agora não me sinto leve. Não tenho fé. Não tenho esperança. Tenho a tristeza. A tristeza pesa. É o fardo mais pesado que se consegue carregar. Não consigo. Caio. E por lá fico se não voltar e buscar a velha fé, a boa e companheira esperança, velhas mãos que se estendem quando não há mais ninguém que assim possa fazer.

Um comentário:

A, disse...

Tem vezes que é assim. A procura por um sorriso.. A procura pelo abraço.. pelo carinho.. pela palavra.. A procura por aquilo que por divesras vezes no falta.. mas daí a gente se encontra assim, do nada.. como numa lida de texto desses que você escreveu. Me encontrei aqui, nesse agora.