segunda-feira, 22 de outubro de 2012

E a comer maçãs..

Se o mundo menor fosse, se planetas redutíveis a cidades se transformassem em grandes círculos de intenso movimento: convívio. Se está chegada a hora de que planetas se reduzam a cidades, menos que isso talvez... se perto se chega a um grande mundo, mundo grande, habitado por criaturas cada vez menos capazes de olhar: à sua volta. Olhar, simplesmente, o que transpassa o limite dos muros próprios. Muros altos, vigiados por habitantes talvez intencionados a impedir que o limite escape: limite alto, muros altos.
Vigiados, talvez até monitorados em seus próprios inconscientes. Inconscientes, fracos, deturpados, deformados, controlados, moldados à sombra de Eva e Adão. Melhor mesmo seria comer maçãs.. comê-las e descobrir todos os mistérios do mundo, comê-las e enxergar quem está por trás da árvore que a sustenta: habitantes vigilantes.....
Ah, vigilância.. conosco desde os tempos em que maçã representava o mais temível dos medos. A que ponto chegaste! A que árvore de frutos proibidos estamos presos, frutos permitidos, frutos proibidos, quem julga a proibição? Vigilantes..
Vigilantes do medo, vigilantes do prazer, vigilantes do papel que em troca lhes garante luxúria.
Asco!
Quisera eu ter só uma casinha no mato. Sem maçã, sem vigilante, sem papel-luxúria. Sem o temor que permite aos grandes vigiar quem quer que se atreva a destituir o valor do papel.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

il faut oblier

pra expressar tristeza, alegria, tédio, insônia
pra acompanhar a tarde, a noite, o céu
minha eterna voz que traduz a alma

'ne me quitte pas'