como é que a gente lida com esse escorrer entre os dedos que é o tempo presente? como é que não calcula, não olha pra trás nem muito além daquela linha do horizonte que pode ser um traço acima do se perder nas imaginações?
como é?
como é que vive sentindo um caldeirão mas precisando ser terra no meio do mar, porque onde quer que se olhe há linhas e linhas de horizonte chamando igual sereia e esperando você ir lá se embriagar de fantasias outra vez. Ou há uma linha imaginária que te segura, também?
Ah, criança.
se eu soubesse que desde cedo corria o risco de não saber viver com as ilusões, te trazia mais pra terra e tentava te criar pegando um pouco mais de sombra.
mas cá estamos e aqui.
não há outro segundo que não o mesmo que acompanha agora o seu ar a expirar. deita, e te consola, que o ar lhe há de chegar.
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