segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

vou logo avisar. não busco o que é certo ou aprovável. mensurável em acertos. busco o que é genuíno, verdadeiro por ser espontâneo.
verdade, nenhuma tampouco existe. somos feitos de verdades. buscamos verdades. enxergamos verdades, e daí, enxergamos a mentira.
tenho um segredo pra contar: ciências da mente, de início, me assustavam. tinha medo de existir uma explicação tão lógica a meu modo de sentir e absorver o que ocorria que perderia o sentido destas ações, ou não-ações, pensamentos, emoções. somos iguais em nossa humanidade. e diferentes nos modos de vivê-la. acredito que essas diferenças, sim, podem ser compreendidas, analisadas, buscadas! mas explicar é uma ação redutível. torna mensurável. talvez este meu medo, de início, em ser "decifrada". cultivo um certo viver ao modo Caeiro: não penso, vivo. há coisas sobre as quais eu só quero sentir. não quero pensar. racionalizá-las leva à loucura. seria isto uma loucura? talvez. não me importa. as manifestações das diversas humanidades se manifestam, assim, sem pensar. as humanidades existem. o ser-humano no seu sentido mais ser-algo também existe. assim, na espontaneidade. não recuso modos de ver históricos, psíquicos, antropológicos, filosóficos, são estes que me permitem reflexão. mas reflexão não precisa ser explicação. explicar cansa. pensar cansa. viver, refletir - no sentido de ver um vestígio, rastro, buscar pistas - é um exercício também menos racional que embuído dos cinco sentidos. não podemos esquecer nossa constituição. ela muito nos revela para além do pensar. para além do explicar. revela. não explica.

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