segunda-feira, 5 de julho de 2010

Algum barulho que seja, por favor!

Ah, e se eu pudesse ouvir. Te ouvir. Nos ouvir. Não só a palpitação rápida dos corações inquietos, mas o silêncio mais profundo, capaz de separar dois corpos. Se eu pudesse ouvir o barulho que esse silêncio me provoca, seria capaz de distingui-lo entre os outros sons, logo acabar com ele. Esta ausência de palavras me desarma por inteiro, acaba com toda a esperança de defesa da minha parte. Volúvel e sensível, me aquieto. Melhor seria mesmo esperar até que algum som quebre este silêncio por inteiro, quebrando também o que me prende a esta aflição. Rompendo a barreira que separa dois corpos, duas vozes, dois silêncios.

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